A palavra Chanuka significa inauguração, dedicação, consagração.
Ela vem do verbo lachnoch לחנוך e tem a mesma raíz do verbo lechanech לְחַנֵּךְ (educar).
Assim como a festa de Purim, relatada no livro de Ester, Chanuka não faz parte dos “moedim”, das 7 Festas, Santas Convocações ou Tempos Estabelecidos por Deus em Levitico 23.
Os acontecimentos que deram origem a esta festa aconteceram no período intertestamentário. As fontes para nos informarmos sobre esta festa estão nos livros apócrifos de 1 e 2 Macabeus e também nos escritos do historiador Flavio Josefo.
Os 2 primeiros livros de Macabeus, de autor desconhecido, foram escritos em hebraico no século 1 a.c.
Flavio Josefo foi um judeu que viveu no século 1 d.c, na Judéia dominada pelos romanos. Seu nome hebraico é Yosef ben Mattityahu (José, filho de Matatias). Ele foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I, mas também relatam a história de Chanuka.
Passagens bíblicas que apontam para Chanuka:
Daniel 8, 9 e 11; Zacarias 9; Mateus 24; Marcos 13; João 10.22-23
2 Tessalonicenses 2; Revelação 13
Data – 25 do nono mês – Kislev (Este ano de 25/12 a 02/01)
Zacarias 7.1
E sucedeu que, no quarto ano do rei Dario, a palavra do SENHOR veio a Zacarias, no quarto dia do nono mês, que é Quisleu;
História
Chanuka é celebrada como memorial à ‘reconsagração’ do segundo templo, Beit haMikdash em 165 aC, depois da miraculosa vitória do pequeno grupo de judeus revoltosos/zelosos/fiéis (‘macabeus’ – ‘martelos’) sobre os exércitos gregos do governante pagão Antíoco Epífanes, clara figura de anti-messias.
Não era a primeira vez que o inimigo tentava roubar Jerusalém das mãos dos judeus (não foi a última). Tampouco foi a primeira vez em que tiveram de restaurar o templo. Quando o povo regressou de Bavel, mais de três séculos antes, Zeruvavel, Ezra e Nechemyah tiveram um grande desafio em edificar o templo e os muros da cidade. (entre 538-430 aC)
A história nos conta que por volta de 333 ac, Alexandre o Grande conquista o mundo estabelecendo o império Grego e implementando o helenismo e o humanismo, com toda cultura Grega e sua idolatria que se opunham à Palavra de Deus e aos seus seguidores, O Povo judeu.
A cultura grega invadiu Jerusalém e o templo foi profanado no ano de 168 aC, em 15 do nono mês, por um dos generais de Alexandre, Antíoco IV ou Antíoco Epífanes (Antíoco, o deus visível).
Antíoco IV foi um general selêucida sírio que erigiu uma estátua ao deus grego zeus com seu próprio rosto e o colocou no Santo dos santos, exigindo que os judeus o adorassem. Ao rejeitarem, 80.000 judeus foram assassinados. Com a perseguição ao nosso povo, vieram as proibições ao cumprimento dos preceitos da Torah como a observância do shabat, a circuncisão, o estudo da Torah, as restrições da comida kasher (kashrut), a comemoração das festas do SENHOR (Bíblicas).
2 Macabeus 6.1-9
“Pouco tempo depois, um ancião ateniense foi enviado pelo rei para forçar os judeus a abandonar os costumes dos antepassados, para banir as leis de Deus da cidade. Mandou-o também profanar o templo de Jerusalém, dedicá-lo a Júpiter Olímpico e consagrar o do monte Garizim, segundo o caráter dos habitantes do lugar, a Júpiter Hospitaleiro. Dura e penosa foi para todos essa avalanche de mal. O templo encheu-se de lascívias e orgias dos gentios que se divertiam com meretrizes, unindo-se às mulheres nos átrios sagrados e introduzindo coisas proibidas. O altar estava coberto de vítimas impuras, interditas pelas leis. Não se permitia mais guardar os sábados, a celebração das antigas festas, nem mesmo confessar-se judeu. Em cada mês, no dia natalício do rei, realizava-se um sacrifício. Os judeus eram odiosamente forçados a tomar parte no banquete ritual e, por ocasião das festas em honra de Dionísio, deviam forçosamente acompanhar o cortejo de Baco, coroados de hera. Por instigação dos ptolomeus, foi publicado um decreto que obrigava as cidades helênicas dos arredores a tratar os judeus do mesmo modo e levá-los à participação nos banquetes rituais, com a ordem de matar os que se recusassem a adotar os costumes helênicos. Podiam-se, pois, prever as aflições que os aguardavam.”
Famílias inteiras foram levadas à morte. Crianças eram enforcadas ao pescoço de suas mães e lançadas dos muros da cidade. Um dos sete irmãos que foram mortos fez uma declaração, pouco antes de morrer:
2 Macabeus 7.1,2,14
‘Sete irmãos, detidos com sua mãe, começaram a ser coagidos pelo rei a tocar na carne proibida de porco… Estamos prontos a morrer, antes que a transgredir as leis de nossos pais… Estando ele (o 4º filho) já próximo a morrer, assim falou: ‘É desejável ser posto à morte por homens, tendo da parte de DEUS a esperança de ser ressuscitado por ELE. Mas, para ti, ao contrário, não haverá ressurreição para a vida’
Vejamos um trecho do relato de Flavio Josefo:
“pois eles foram açoitados com varas, e seus corpos foram despedaçados, e foram crucificados, enquanto ainda estavam vivos, e respiravam: eles também estrangularam aquelas mulheres e seus filhos que eles tinham circuncidado, como o rei havia determinado, pendurando seus filhos em volta de seus pescoços como eles estavam nas cruzes . E se houvesse algum livro sagrado da Lei encontrado, ele era destruído , e aqueles com quem eles eram encontrados miseravelmente também pereciam .”
(The Antiquities of the Jews, Complete Works of Flavius Josephus, Livro XII, “From the Death of Alexander the Great to the Death of Judas Maccabeus.” Grand Rapids: Kregel Publications, 1960.)
Estas famílias foram fieis, zelosos e mártires, conforme lemos em Hebreus 11.36-40:
E outros foram testados com escárnios e açoites cruéis, de fato, e além de cadeias e prisões. Eles foram apedrejados, serrados ao meio, tentados, mortos ao fio da espada; vaguearam sem destino vestidos em peles de ovelhas e de cabras, sendo destituídos, afligidos e atormentados, (dos quais o mundo não era digno), eles peregrinaram errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo obtido um bom testemunho através da fé, não receberam a promessa, tendo Deus preparado alguma coisa melhor para nós, para que eles sem nós não fossem ser aperfeiçoados.
Certo dia, um oficial sírio ordena que Matitiahu Ha Macabí (o Macabeu), cabeça de uma importante família de sacerdotes do Templo, oferecesse um porco no altar. Matitiahu, juntamente com seus cinco filhos, dão início a uma revolta judaica, matando o oficial sírio e todos os seus soldados. Sob a liderança de Matitiahu, outros judeus aderem à revolta.
Segundo o que é contado no Livro dos Macabeus 1 , os gregos pediram a Matitiahu, que desse o exemplo aos seus irmãos e sacrificasse primeiro ao ídolo. Matitiahu recusou-se a fazê-lo e declarou fidelidade à Torá e às mitsvot . Quando um dos judeus se aproximou para sacrificar ao ídolo, Matitiahu teve zelo de Deus e matou o judeu grego/assimilado/apóstata.
Infelizmente na época dos Macabeus, houveram muitos do nosso povo que adotaram as praticas pagãs e humanistas, assim como nos dias de hoje. As universidades estão tomadas pelo espirito da Grécia e tem permitido que o movimento antisemita, chamado de “pró palestina” seja disseminado entre as nações.
Guerreiros Sionistas Biblicos
Temos orado para que nos dias de hoje, Deus levante os filhos de Sião para posições de liderança em Israel e remova os filhos da Grécia.
Zacarias 9.11-13
E também quanto a ti, por causa do sangue do teu pacto, libertei os teus prisioneiros do buraco, onde não há água. Voltai à fortaleza, ó prisioneiros da esperança; hoje declaro que vos darei em dobro. Quando eu tiver dobrado Judá para mim, preenchido o arco com Efraim, levantado os teus filhos, Ó Sião, contra os teus filhos, Ó Grécia, e tiver feito de ti como a espada de um homem poderoso.
Sabemos que o pensamento grego é totalmente centrado no homem, mas os filhos de Sião são totalmente centrados em Deus e Sua Palavra.
Zelo pelo Senhor
Vemos nas escrituras mais exemplos de homens e mulheres que não se assimilaram, não deixaram o humanismo, o paganismo, permanecer no meio do nosso povo. Eles foram zelosos pelo Senhor! Vejamos o exemplo de Pinchas (Fineias) em Numeros 25.1-11:
E Israel habitou em Sitim, e o povo começou a se prostituir com as filhas de Moabe. E estas convidaram o povo para os sacrifícios de seus deuses, e o povo comeu e se inclinou diante de seus deuses. E Israel se uniu a Baal-Peor, e a ira do SENHOR se acendeu contra Israel. E o SENHOR disse a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os perante o SENHOR, diante do sol, para que a ira do SENHOR possa se afastar de Israel. Moisés disse aos juízes de Israel: Que cada um mate os seus homens que se juntaram a Baal-Peor. E eis que veio um dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita, perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel, que estava chorando diante da porta do tabernáculo da congregação. E quando Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, viu isto, levantou-se do meio da congregação, e tomou uma lança na sua mão. E foi em busca do homem israelita até a tenda, e furou a ambos pelo seu ventre, ao homem de Israel, e à mulher. Então a praga cessou sobre os filhos de Israel. E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil. E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, enquanto ele foi zeloso por mim, entre eles, de modo que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.
Em Salmos 106.30.31 mais uma vez lemos sobre o zeloso, Pinchas:
Então levantou-se Fineias, e executou o juízo, e assim a peste foi contida. E isto lhe foi contado como justiça pelas gerações para sempre.
Reflexão e Oração:
O QUE EU E VOCÊ PODEMOS FAZER PARA QUE A PRAGA/PESTE DE NOSSA GERAÇÃO SEJA CONTIDA?
Em nome de Yeshua. Amén.
Yoshua e Shoshana – Mevasseret Israel